COMUNHÃO COM DEUS



Entendo que o cumprimento das profecias está tomando uma conotação mais acelerada. O tempo se acelera em todas as áreas, causando mudanças rápidas. Quando leio a parábola da viúva persistente junto ao juiz que não temia a Deus e nem respeitava os homens (Lucas 18:1-8), entendo que o Senhor deseja ver em nós uma fé que acelere a justiça: "Digo-vos que, depressa, lhe fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?" Vejo nesta parábola que o Senhor espera que sejamos persistentes em ver os nossos direitos cumpridos com justiça. Quanto mais nos valorizamos, entenderemos o nosso auto-valor e reivindicaremos os nosso direitos. Temos o direito de ter uma vida abundante conquistada na obra redentora de Cristo.
Jesus Cristo está nos instigando a entender o nosso valor sob o poder de Seu sangue. Ele nos dá uma nova identidade que é a Sua semelhança. Se não lutarmos pelos nossos próprios direitos, lutaremos pelos dos nossos irmãos? Hoje é rara aquela amizade de alguém dar a sua vida pelo irmão. Quanto mais entendermos a nossa identidade em Cristo, mais lutaremos pelo nosso próximo. A Igreja do Senhor precisa resgatar aquele tipo de amizade que Jesus mencionou antes de partir (João 15:13).

A Noiva de Jesus Cristo deve atentar mais para o Senhor e amá-Lo; assim a sua preocupação não será apontar os defeitos da igreja, mas enxergará os valores com que Cristo a veste. Vendo os valores do reino celestial que vestem a Noiva, vamos lutar pelos direitos de ter uma vida não de condenação e culpa, mas de amor e realizações na grande comissão de espalhar as boas novas celestiais.

Estamos vivendo tempos acelerados em que a nossa fé deve ser intensificada para ver a justiça também acelerada. As circunstâncias difíceis da vida deste tempo pós-moderno requerem soluções rápidas geradas pela fé na bondade e no poder do nosso Deus. Diríamos que é necessário conhecermos mais e melhor o caráter de Deus, que jamais mudará, mas que Se revela cada vez mais um Pai das luzes em quem não há sombra de mudança (Tiago 1:17).

Posso entender que a luz brilha cada vez mais intensamente sobre as palavras do Senhor nas Escrituras e também nos nossos corações, no nosso caminho de peregrinação nesta terra dos viventes, e os céus descem mais e mais na terra, no meio dos filhos de Deus.

Quantas coisas têm mudado!  As Escrituras parecem saltar do Livro dos livros oferecendo-nos novas explicações!  Elas nos intrigam e nos instigam a prosseguir. Os mistérios se revelam aos nossos olhos através da mesma Bíblia que tenho folheado por anos e anos. As revelações nos instigam ao aprofundamento das mesmas letras e versículos que temos sublinhado com reverência e entusiasmo nas colunas das páginas.

O pouco que temos escavado nesta mina de riquezas celestiais é prova de que há mais riquezas dos mistérios de Deus. É uma sensação de um sem-fim perene e de uma altura além das nuvens inatingíveis.

Posso ver a Sua graça de modo novo e a redenção de Jesus Cristo mais abrangente, trazendo não a condenação e castigo através das profecias, mas a apropriação dessa mesma graça com mais gratidão e quebrantamento.  Ao mesmo tempo, vejo mais da santidade do Senhor no meio de Seu povo quando se dá ênfase não no pecado, mas no amor eterno do nosso Pai.

Cada vez que aqueles versículos, que já sabemos de cór, se movem com vida em nosso espírito e se aplicam no nosso caminhar de modo novo e vivaz, a glória do Senhor nos envolve e nos impele a subir mais e a descer mais. Subir, no nível celestial. Descer, nas profundezas da terra onde há gemidos da criação, esperando a manifestação dos filhos de Deus envoltos na glória celestial. Não a glória humana que se desfaz e desaparece como uma flor que murcha e se seca e é levada ao nada pelo vento; mas a glória da bondade imensa do nosso amoroso Deus Criador e do poder transformador que vai operando progressivamente até haver os novos céus e nova terra. Será a volta ao Éden? À comunhão plena com o nosso Pai Criador? A Noiva e o Espírito Santo dizem: VEM!