A SEGUNDA VINDA DE JESUS


Uma coisa podemos afirmar: os cristãos, em geral, têm se esquecido desse dia do Senhor. A corrida para resolver os seus problemas financeiros, a obsessão por adquirir riquezas materiais, a ganância dos chamados "servos de Deus", a oferta de um evangelho de prosperidade para encher a "plateia" nas igrejas, as promessas "proféticas" de uma vida fácil com base na "graça barata"... Seriam aquelas mesmas mensagens que lemos em Jeremias 6:14: "E curam a ferida filha do meu povo levianamente, dizendo: Paz, paz; quando não há paz"?

Hoje, não apenas rumores de guerras, mas guerras propriamente ditas, os desequilíbrios de climas, os tsunamis, os terremotos, as chuvas violentas, o frio e o calor extremos, o caos na economia mundial, a violência e crimes tão comuns dentro de casas de família... Seriam por acaso sinais de que está próximo o fim.

Nas bibliotecas, quando eu era estudante de Teologia, a seção de comentários de livros apocalípticos era a maior e quanto mais livros eu lia, mais confuso ficava com tantas interpretações diversas e até mesmo contraditórias. Nas aulas de livros apocalípticos, as discussões tornavam-se brigas e gritarias, sem um consenso que satisfizesse os alunos. Isso tornou o assunto inválido? Talvez até os pensamentos e divergências ficaram nas estantes. A procura da verdade ficou nas estantes.

A sinceridade, a honestidade e a verdade tem significado muito aproximado e são valores que todo ser humano deveria prezar, pois são muito importantes para Deus. Ele próprio é a verdade em pessoa e seus atos e seus caminhos são baseados na verdade. Tantos outros valores tem o nosso Deus, mas nos concentraremos por um momento na sinceridade, na honestidade e na verdade.

O ser humano tem perdido esse valor tão precioso e isso traz consequências perigosas. A mentira em forma de falsidade, de camuflagem, de "não é bem assim", "foi um mal-entendido" e de indefinição e até de indecisão - tudo isso com base em um só denominador: medo. Bem que Elias expressou a sua irritação quando disse: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos?" (1Rs. 18:21).

Lembremos que o primeiro resultado da desobediência no jardim do Éden foi o medo e as folhas da figueira serviram de cobertura e esconderijo. Ainda sobrava a consciência. Que bom. Essas folhas ainda existem e estão ajudando muitos a prosseguirem nessa rota, mas para muitos outros, nem as folhas da figueira são mais procuradas, infelizmente. A consciência de muitos tem sido cauterizada (1Tm. 4:2).

Nestes tempos em que tanto falamos em reinar com Cristo, tempos em que somos rodeados por sinais chamados por Cristo de "começo das dores", temos que estar totalmente alinhados com o Cordeiro que se assentará no trono em breve. São tempos em que devemos nos preparar para estar junto com os quatro animais adoradores e com os vinte e quatro anciãos oferecendo as honrarias devidas a Ele.

Os tessalonicenses desejaram tanto esse dia do Senhor, que o apóstolo Paulo teve que ajudá-los no equilíbrio do seu andar do dia a dia, mas era um desejo autêntico. Quantos não predisseram ao longo da história antecipando esse dia? Não é porque eles erraram no prognóstico que esse dia está longe de se cumprir. Mal sabemos o quanto Deus trata conosco gerando a verdade dentro de nós, fator tão importante que restará nos corações dos que sobreviverem a esse dia terrível que virá sobre a face da terra.

                                                                            Mons. Costa



Marcação 962684413